Linhas de pesquisa
Agrometeorologia
A Agrometeorologia busca fornecer informações úteis aos profissionais ligados à área e aos agricultores em geral para maximizar a produtividade agrossilvopastoril e reduzir as perdas ocorridas pela ação do tempo ou do clima. A Agrometeorologia estuda a interação dos fenômenos meteorológicos e seus impactos na cadeia produtiva do sistema agropecuário. As informações agrometeorológicas possibilitam ao agricultor a racionalização do uso da água e energia, tornando a agricultura uma atividade ambientalmente correta, sustentável, e cada vez mais rentável. Esta linha objetiva:
– Determinar a resposta do crescimento das culturas agrícolas ao tempo e clima e ao CO2, incluindo a previsão de safras.
– Estudar as técnicas de determinação de evapotranspiração de culturas agrícolas em ambientes livres e climatizados.
Micrometeorologia de Ecossistemas
A Micrometeorologia de Ecossistemas estuda a inter-relação entre a atmosfera e os ecossistemas naturais. As trocas de propriedades entre a vegetação e a atmosfera ocorrem em escalas temporais da ordem de minutos, e podem afetar o estado da atmosfera não apenas numa escala temporal de curto prazo, mas até mesmo numa escala interdecadal. Em função disso, diversos experimentos, como o HAPEX/MOBILHY, FIFE e BOREAS, começaram a ser montados com o objetivo de caracterizar os diversos ecossistemas mundiais em termos micrometeorológicos. No Brasil, experimentos como ABRACOS e LBA buscam alcançar esta caracterização para a floresta tropical amazônica. Entretanto, ainda há diversos ecossistemas brasileiros não caracterizados cuja importância no tempo e clima ainda estão por ser definidas. Esta linha objetiva:
– Caracterizar os diversos ecossistemas principalmente brasileiros em termos dos fluxos de energia, momentum, água e carbono entre a superfície vegetada e a atmosfera, utilizando experimentos de campo.
Hidroclimatologia
Nas regiões tropicais, a precipitação é o elemento climático mais importante para a produtividade agrícola e florestal. Além disso, importantes mudanças na composição, estrutura e funcionamento dos ecossistemas naturais podem ocorrer em situações de extremos hidroclimáticos. O estudo das características da estação chuvosa, dos períodos secos, dos veranicos e das demais anomalias hidroclimáticas e suas variabilidades interanuais, interdecadais e de longo prazo são fundamentais para o entendimento dos riscos da atividade agrícola e florestal em lavouras não-irrigadas. Esta linha objetiva:
– Realizar estudos de natureza física e estatística sobre o sistema hidroclimático.
– Estudar a variabilidade interanual, interdecadal e de longo prazo dos diversos componentes do ciclo hidrológico.
– Estudar os efeitos das mudanças ambientais, como o aumento na concentração atmosférica de CO2 e mudanças no uso da terra nos componentes hidrológicos do clima de determinada região.
Mudanças Climáticas
As mudanças globais são o resultado do processo de acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera e das mudanças em grande escala no uso da terra. É fundamental avaliar as consequências das mudanças climáticas globais no funcionamento dos ecossistemas e na produtividade agrícola e florestal, fornecendo o conhecimento para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, adaptada aos cenários de clima futuro e com reduzida emissão de gases de efeito estufa. Esta linha de pesquisa objetiva:
– Avaliar o impacto das mudanças climáticas sobre as atividades agrícolas e florestais de maneira geral, visando ao desenvolvimento de alternativas de adaptação dessas atividades aos cenários climáticos futuros.
– Encontrar formas de reduzir as emissões das atividades agrícolas e florestais, a fim de mitigar a elevação da temperatura do planeta para manter o controle sobre as mudanças climáticas.
– Avaliar os impactos dos possíveis climas futuros sobre a biota, com base na compreensão dos climas passados e atual.
– Calcular as emissões de gases de efeito estufa decorrentes de atividades antropogênicas.